quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Independência ou Morte

Já faz algum tempo que não escrevo nada por aqui...

mas decidi escrever animado pelo dia da independência que há poucos dias celebramos. Na verdade o que me inspirou a escrever foi a célebre frase de D. Pedro I às margens do Ipiranga...  "INDEPENDÊNCIA OU MORTE!"


Acredito que essa frase nem cause mais o mesmo impacto que tínhamos quando a ouvíamos no ensino fundamental. Talvez essa frase nem nos cause orgulho patriótico (aquele que regularmente sentimos em um gol do Brasil em final de copa do mundo)...

É triste ter que conviver com a realidade de que só nos orgulhamos de dizer que somos brasileiros assistindo uma partida de futebol, o que ultimamente nem disso podemos nos orgulhar.

Independente do sentimento que nos cause celebrar o dia da independência, quero pensar nessa frase que fez do Brasil, ao menos politicamente, livre: Independência ou morte.

É interessante porque longe de ser um jogo de palavras, a falta de independência em todas as circunstâncias conduz e leva a morte. Sem independência a morte é certa.  Quero dizer, em outras palavras, que o ser humano tem uma necessidade de ser livre... independente. E está fadado a morte se assim não for. E essa independência tem que ser interna e, sobretudo, interna.

Pensar em independência e liberdade externa é ter garantido o direito de tudo aquilo que está na Constituição: direito de ir e vir, de votar, de moradia, de cultura, de respeito e de tudo aquilo que ultimamente andam prometendo em campanhas políticas e que já é direito nosso há muito tempo!

Entretanto um outro tipo de independência é aquela de poder ser quem de fato se quer ser. Aquela liberdade que quebra o politicamente correto e me permite ser eu mesmo independentemente do lugar onde estou e de quem está comigo. Ser independente é ser quem se é! Sempre! Sem usar máscaras! Sem viver uma vida fingida!
Há sentimento tão ruim quanto o de não ser livre? De viver acorrentado? De ser forçado a usar máscaras e correntes sendo escravo de si mesmo ou da sociedade?

Também é verdadeiro que muitas vezes nós impomos correntes em nós próprios. Escraviza-mo-nos!


É precisa libertar-se! Tornar-se independente! E isso se dá quando somos capazes de caminhar com nossas próprias pernas sem nos preocupar com o que pensam e dizem de nós. Ser independente, livre, é poder ser quem se é.

Interessante perceber que Jesus, em sua missão, era aquele que quebrava as correntes da escravidão e devolvia a independência interior a quem quer que fosse.... Ele é modelo de independência interior. Conversava com os outros sem se preocupar com o pensamento dos outros. Ia em festas sem preocupação de ser chamado comilão ou beberrão. Abraçava leprosos, crianças...  Era interiormente livre!

E essa é a liberdade que devemos ansiar mais que tudo: A liberdade interior. 

Um comentário:

  1. Muito bom Diego, escreves muito bem parabéns e você colocou de uma forma bem diferente esse assunto que é tão importante para cada um de nós. Abraços =D

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